segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Ceia de Natal com Miojo

Oui, é natal! Tempo de ceia farta, com peru, chester, castanhas, champagne e aqueles parentes que você só vê nesta época em que eles vem filar bóia. Se você tá meio sem grana ou é pão duro mesmo, pode fazer uma ceia sofisticada e bem baratinha com miojo, perfeita para alimentar todos os parasitas da sua ceia, aqueles que você apenas suporta.

Ingredientes:

-um pacote grande de miojo ou vários pequenos (porque ceia de natal pede muita comida),
-azeite vagabundo (ou você vai usar um azeite mil vezes mais caro do que o prato principal?),
-frango (pode ser a sobra daquele frango de padaria do almoço de ontem),
-amendoim (prá valorizar o prato você pode dizer que é afrodisíaco),
-molho inglês (só prá dar uma corzinha no miojo, prá não ficar com cara de vômito),
-cebola (não exagere, senão o bafo da galera vai ficar insuportável!)
-tempero de sua preferência (sal, arisco, salho, sal grosso, benzeno, enfim, o que seu estômago suportar)

Preparo:

Prepare o miojo num panelão e aguarde. Pique a cebola e coloque-a para fritar junto com o azeite vagabundo, os amendoins e os pedaços de frango (ou outra ave como peru, codornas, sabiá ou papagaio). Quando a gororoba estiver com cara de algo comestível, adicione o miojo, o molho inglês e tempero. Misture tudo e sirva numa travessa apresentável (nada de usar aquele tupeware verde).

Agora é só caprichar na decoração da mesa e pronto, você já tem uma uma ceia barata e perfeita. Este prato vai bem com sidra Cereser (aquela de maçã) ou vinho de jabuticaba (se você quiser que ninguém reclame da comida, acrescente álcool hidratado na bebida ou algum alucinógeno qualquer).

Um alerta: não exagere no azeite, senão pode dar caganeira nos convidados e você não vai querer aqueles convidados todos emporcalhando seu banheiro na noite de natal, vai?

Um feliz natal.

Edelmanto Espinostélio, estagiário de auxiliar de cozinha aprendiz

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Miojo Ex-tunc ou Miojo Infungível

Contribuição do Chef Juarez

Como excelente cozinheiro que sou, farei uma mistura: a receita e a história de seu desenvolvimento, de modo que este breve ensaio tenciona servir, quiçá, para apontar caminhos na evolução de uma nova ciência. Uma ciência de seriedade e de pertinência tão grandes a ponto de poder ser comparada com a própria ciência do direito; a arqueologia das receitas gastronômicas (ARG!).
Nossa história começa com dois jovens esfomeados no auge de sua força física e virilidade. Reunidos em casa de um deles, acabamos por ouvir o seguinte aviso da senhora mãe dona-de-casa:
_Meninos, estou de partida. Vocês precisarão alimentar-se por seus próprios méritos.
Numa hora como esta qualquer reflexão torna-se desnecessária. Chegada a hora do almoço, verificamos o conteúdo do armário da cozinha. Encontramos:

1. um pacote de miojo no sabor galinha,
2. um pacote de miojo no sabor feijão,
3. um pacote de miojo no sabor carne,
4. e, finalmente, um pacote de miojo no sabor quatro-queijos.

Regozijamo-nos e exultamos. Afinal, dois jovens no auge de sua força física e virilidade jamais se contentariam em comer apenas um pacote de miojo cada um. Faz algum tempo ouvi um relato de dois amigos de infância que, tendo apenas dois pacotes de miojo disponíveis, puseram-se a lutar até a morte de um deles, ocasião em que o vencedor pôde usar testículos, rim e fígado do vencido para acrescentar volume à sua receita (esta receita poderá ser enviada numa outra ocasião).
Aproveitando o auge de nossa força física e virilidade, pusemo-nos a espancar os pacotes de miojo, como forma de dar vazão a nossa rebeldia e de representar, assim, toda a brutalidade de uma juventude transviada e em plena crise de valores. Uma dica: experimente imaginar a cara de algum dos seus professores estampada na embalagem do macarrão instantâneo, isso facilitará bastante o processo. Quando tudo o que restou foi uma farinha amarela, conseguimos uma panela rasa e larga e pusemos dez copos de água para ferver. Sim, dez copos, porque não é cabível que dois jovens no auge de sua força física e virilidade possam contentar-se em esperar vinte minutos para o preparo de quatro miojos (três para o macarrão + dois para tempero e ajustes finais); razão pela qual resolvemos misturar os quatro numa única receita. Como era a panela rasa e larga, não surgiram bolhas indicando a fervura da água, único sinal que nós, jovens no auge de nossa força física e virilidade sem nenhuma obrigação de conhecer sutilezas culinárias, conhecíamos para indicar esse processo de transição da água de seu estado líqüido para o estado gasoso. Dessa maneira, atiramos os quatro miojos e seus temperos na água assim mesmo. Nesse ponto há uma variação possível: meu querido amigo Weslley atirou um tempero ainda em sua embalagem na panela, momento onde eu, descrente de estar frente à criação de um gênio da culinária, o removi. Mais tarde, arrependi-me, pois seria impossível que a inovação de meu amigo pudesse ter tornado pior aquilo que restou pronto na panela.
Após dez ou quinze minutos esperando que uma bolha, uma única bolhinha, uma mísera e insignificante bolinha de ar surgisse do fundo da panela indicando o momento de desligar o fogo, chegamos à conclusão de que de panelas rasas e largas, talvez por alguma insuficiência tecnológica, não comportam tão sofisticado sinal. A própria fome, então, se encarregou disso e nos deu o esperado sinal dizendo que estava pronto. Neste momento o miojo se encontrava intumescido de água, imensamente amolecido, com o aspecto mais deplorável possível. Quanto ao gosto, seguindo o princípio do pior sabor (quando misturados itens de sabores diferentes, o gosto geral da mistura resultará no sabor do pior deles), aproximou-se de uma exponenciação do odioso quatro-queijos. Por esses e outros motivos, comemos com grande felicidade e, em verdade, mal pudemos manter o alimento em nossas bocas, dado o tamanho de nossos sorrisos.

Conclusão

O princípio da dignidade da pessoa humana é o maior de todos os princípios.

O que nos leva à conclusão lógica de que o direito não pode ser senão o conjunto das normas indispensáveis para a convivência harmônica em sociedade.

Recentemente, munidos dos maiores avanços tecnológicos na área de restauração de documentos, um grupo de pesquisadores fez uma descoberta que revolucionará a história do Direito. Três pequenas letras ("m", "i" e "o") foram descobertas desgastadas pelo tempo naquela que é e sempre será a maior de todas as lições do excelso pretor romano. Eis em primeira mão, seu verdadeiro, e até então oculto, sentido:

Ubi societas, ibi mio-jus.


Bibliografia

REALE, Miguel. Lições preliminares de direito. Editora saraiva. 2005.
AMARAL, Francisco. Direito civil – Introdução. Editora saraiva. 2006.
FABRIZ, Dauri César. A Estética do Direito. Editora da UFMG. 2001.
GRAU, Eros. Metelança jurídica. Editora da Star Drink. 1969.
MOUSSALEM, Tarek Moyses. Novos caminhos no puxa saquismo kelseniano. RT. 2008.
POMPEU, Júlio César. Nós, os maquiavélicos. Editora-já-vai-sair. 3915 (e olhe lá!).

domingo, 19 de agosto de 2007

Miojo com Ovo (Miojo With Eggs)

Ulalá,

Aqui vai mais um receita do deliciosô Miojo. Le Miojo com ovo. Esta receita deixa o Miojo muito mais nutritivo e saudável, cheio de vida.

Ingrédients:
1 pacotê de Miojo de sua preferência.
2 ovos.

Préparation:
Colque dois copos e meio de água em um panelá. Atencion! Coloque paenas o conetudô dos copos. Deixe ferverr e coloque o marravilhosô Miojo. Quando estiverr al dente (meio durrinha), ainda com a água ferrvendô, coloque os ovos e mexa logo em seguidá. Os ovos se desmancharrão trransforrmando-se num deliciosô prratô com carra de sopá. Sugirro Coca-Colá geladá e anti-acidô prrá acompanharr...

quarta-feira, 27 de junho de 2007

Rê Bordosa e seu Miojo

Miojo Pregiçoso

Salut!

Eu sou o Chef Miojo e peço desculpás porr meu sotaque francê. Hoje nós vamos aprenderr um receita de miojo bem fácill, o miojo preguiçosô. Este receita é muito bom parra os amantes do miojo, que são quase semprê uns durôs e vagabundôs, parce que não dá trabalhô nenhum e custa bem poucô, quase nadá.

Ingrédients:

*1 pacote de Miojo de sua preferência
* As mãos

Preparo:

1- Pegue o saco de Miojo entre os mãos e quebre todo o massa do Miojo. Quanto mais pancada derr, melhorr, mas cuidado parra não transformarr o conteudô do pacotê em farinhá.
2- Agorra que o Miojo está espancadô, abrra o pacotê e retire o pacotinhô de temperô. Despeje o temperô sobre a massa cruá de Miojo espancadá.
3- Prontô! Voilá! É só comerr, saboreandô esta iguariá dos deuses.

Variations:

Você pode substituir o temperô do Miojo porr outro de sua escolhá, como catchup, mostarde djon, ou ajinomotô.

Au beintôt.

quarta-feira, 13 de junho de 2007

terça-feira, 12 de junho de 2007

História do Miojo

Momento Cultural Miojo: O miojo não é apenas um macarrão, é um estilo de vida. A cultura miojo é mais revolucionárioa que a punk, mais erudita que a clássica, mais loka que a hippie, mais saudável que a coca-cola! Saiba um pouco mais sobre a cultura miojo e sua história neste site interessantíssimo.