Há quem ache que Miojo seja coisa do capeta, afinal, como é possível um macarrão ficar pronto em três minutos? Como é possível ser crocante e, ao mesmo tempo, aerado quando cru e molenga quando cozido? E quanto ao tempero? Como podem reproduzir o sabor de galinha caipira com legumes? Percebam que se a galinha é caipira, então sua criação não é induistrial. Como, então, um molho de galinha caipira é produzido industrialmente? Há até quem acredite que os fabricantes de Miojo sejam seqüestradores de galinhas caipira e que para encobrir seus rastros, inventaram o Chupa-cabras.
Mas estes são apenas mitos que a ciência pode desvendar com facilidade e verbas astronômicas. Graças à ciência, crendices infundadas como as descritas acima são afastadas pela certeza científica, baseada nos mais criteriosos métodos científicos e comprovados através de repetidas experiências. É a este trabalho que se dedicam os dois maiores institutos mundiais de pesquisa com Miojo, o MIT: Miojo Institute of Technology, sediado em Massachussets, na Bósnia, e o INPM: Instituto Nacional de Pesquisas com Miojo, em Cariacica, Brasil.
Numa inivadora pesquisa conjunta, estes dois institutos têm desvendado os maiores mistérios do mundo do Miojo. Vejamos alguns desses mistérios revelados por um dos maiores cientistas do MIT, o Mestre Doutor Phd PqP Professor Alfred Wilhelmweissmanrichter Theodorovitch da Silva (foto acima):
Para início de conversa, o Chupa-cabras não é uma invenção dos fabricantes do Miojo. Todos sabem que, na verdade, ele é apenas um saci-pererê que sofreu uma mutação genética após os testes nucleares realizados na serra do cachimbo (onde estava, por acaso, a procurar o seu) e que, sem poder dispor de seu habitat natural (a esquina da Hadock Lobo com a Conde de Bonfim na Tijuca, que ficou muito violenta), partiu para a cidade de Varginha, em MG e foi morar com seu amigo ET, que lá comprou uma casa de campo para curtir os fins de semana galática (que duram 4563775748399274 anos).
As galinhas caipiras não são, portanto, abduzidas. O Miojo não é fabricado valendo-se de métodos criminosos como esse. De fato, o Departamento de Antropologia e Galináceos do MIT e o Departamento de Geodésica Patafísica do INPM descobriram que todo o fornecimento de galinha caipira do Miojo vem de uma única ilha no pacífico, os Emirados da Boa Índole (veja as coordenadas no Google Earth: ). Nesta pitoresca e paradisíaca ilha assolada por vulcões ativos e pestes inimagináveis, o único animal existente são galinhas caipiras selvagens. Este fenômeno foi causado por um severo desequilíbrio ecológico ocorrido em 1588, quando um navegante inglês chamado John aportou na ilha para reabstecer seu navio e lá deixou de presente, em troca de quase todas as frutas da ilha, uma galinha caipira. Esta colocou ovos e seus descendentes passaram a reproduzir-se livremente. Sem predadores naturais, o número de galinhas cresceu assutadoramente, tornando-se uma peste. Já que não havia o alumento natural da galinha caipira na ilha (milho e iogurte de morango com cereais), elas desenvolveram hábitos predatórios, tornando-se carnívoras e eliminando toda a fauna existente.
Quando as galinhas já estavam a praticar o canibalismo galináceo, surgiu o Miojo. Foi a salvação dos Emirados da Boa Índole. Graças a um acordo firmado entre o Emir e a Nissin, as galinhas caipiras selvagens são capturadas e levadas para a fábrica do Miojo pelo mundo todo, onde são processadas industrialmente por uma avançadíssima tecnologia chamada "fervura em panela grande". O fato das galinhas selvagens comerem carne tem como conseqüência o sabor do molho de galinha ser tão parecido com o de carne.
2 - Como o Miojo pode ficar pronto em três minutos?
Acostumadas com macarrões tradicionais, feitos de sêmola de trigo e ovos, as pessoas não entendem o porquê da agilidade culinária do maravilhoso Miojo. Sêmola e ovo são materiais duros (veja como exemplo a casca do ovo e o pão dormido, como são duros), mas o Miojo possui uma quantidade de sêmola de trigo "in natura" muito pequeno, sendo sua maior parte composta por um material industrialmente fabricado chamado Megamassa de Estanho Liso em Estado Comprimido Alterado, ou, simplesmente, MELECA.
A MELECA é uma massa pastosa, com consistência parecida com a de argila molhada, mas que, se exposta a altas temperaturas, endurece, retornando ao seu estado pastoso se molhada. Esta caracterísitca básica permite ao fabricante do Miojo moldá-lo na tradicional forma de "suruba de minhocas" (inspirada em uma cena de um filme pornô de orgia gay), sabendo que, quando mergulhado em água, amolecerá.
A crocância da MELECA, por sua vez, é garantida por um processo de aeração (injeção de ar) chamado de PEIDO: Processo Extradinâmico de Injeção Dosada de Oxigênio, através do qual pequenas quantidades de oxigênio são injetadas na MELECA, tornando-a uma massa fofa e facilmente maleável. Nesse estágio, a MELECA é tranformada em filetes que serão embolados na forma de "suruba de minhoca", assados, empacotados e enviados com todo o carinho para milhões de supermercados no mundo inteiro.
Para que todos possam compreender bem como isso tudo acontece, vejam a fórmula da MELECA do MIOJO:
Nela podemos perceber com muita facilidade toda a descarbonação dos aletos de sódio, que permitem ao bório refugar-se nas órbitas do estrôncio, dando ao Miojo o seu sabor inigualável, crocância quando cru e tornar-se "al dente" quando cozido por três minutos.